Na banheira a autora explora o valor da liberdade, despida de preconceitos, a nu, a descoberta da amizade transparente, a água como manto para o nosso corpo, como terapia da mente, do corpo são, limpo, com o aroma mais magnético para os sentidos. Na banheira submerge o corpo e a mente e recria-se a nossa própria identidade? Esse desafio é aqui apresentado como uma caricatura do nosso quotidiano, em que a narrativa que descobrimos, nas banheiras de Teresa Cortez, não tem barreiras: uma menina vestida está sentada sobre um pavão para, a galope, mergulhar no âmago da banheira; outra, com um longo par de tranças, espreita, em pensamento, o horizonte; um pássaro vermelho com uma cachopa, em conversa olhos nos olhos; Uma jovem de biquíni, estendida sobre um macaco, parece banhar-se no sonho mais azul; são várias as pessoas e animais que se encontram no caudal azul, mais translúcido. Galos, galinhas, pavões, um coelho, uma mulher a nu, um homem despido, o Pessoa, uma freira vestida a rigor, a leitura na banheira.